Plangente (2)
 
Os sinos dobram, choram reticentes, tristes!
De tua imagem, lembro, a caminhar no adro,
por trás do véu, dos tempos idos, tão cendrado,
e as vestes noturnais do dia em que partiste.
 
Invocam, dentro em mim, o dobre de finados,
a proclamar a tua morte e despedida,
em lúgubres plangores vindos lá da ermida,
tornando os dias meus tristonhos, enlutados.
 
Os sinos dobram tristes! Choram reticentes!
E as minhas noites, como eles, são plangentes,
depois de triste adeus, eu nunca fui feliz.
 
Saudades eternais residem dentro em mim,
comigo sempre irão, até que chegue fim
e viverão, além, nos versos que eu te fiz.
 
Brasília, 04 de Fevereiro de 2011.
Seivas d'alma, pág.  66
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 04/02/2011
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T2772295
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