Ciclos 4 - Tristezas outonais
Mil sonhos eu bordei nos meus lençóis de linho,
alabastrino linho, encanto em seus alvores,
teci, com fios de ouro, os cândidos amores,
nas noites de ilusão, sem farpas no caminho.
Mil arabescos fiz, com tanto amor, carinho,
com rendas da paixão, em vários tons e cores,
na flor do meu viver, meus íntimos verdores,
que agora canto aqui, em tempo vil, mesquinho.
Ah! Priscos tempos meus! Oh! Tempos de ventura!
De tantos sonhos bons, repletos de candura,
que agora, sim, bem sei, não voltarão jamais.
A vida espedaçou os meus lençóis bordados,
os sonhos que sonhei, nos tempos já passados,
deixando, dentro em mim, tristezas outonais.
Brasília, 4 de Fevereiro de 2011.
Ciclos, 2.013, pg. 28
Mil sonhos eu bordei nos meus lençóis de linho,
alabastrino linho, encanto em seus alvores,
teci, com fios de ouro, os cândidos amores,
nas noites de ilusão, sem farpas no caminho.
Mil arabescos fiz, com tanto amor, carinho,
com rendas da paixão, em vários tons e cores,
na flor do meu viver, meus íntimos verdores,
que agora canto aqui, em tempo vil, mesquinho.
Ah! Priscos tempos meus! Oh! Tempos de ventura!
De tantos sonhos bons, repletos de candura,
que agora, sim, bem sei, não voltarão jamais.
A vida espedaçou os meus lençóis bordados,
os sonhos que sonhei, nos tempos já passados,
deixando, dentro em mim, tristezas outonais.
Brasília, 4 de Fevereiro de 2011.
Ciclos, 2.013, pg. 28