Miragem
No véu do tempo vejo a minha imagem,
esvanecida, triste, amortalhada,
envolta pela mádida folhagem,
pisando verdes musgos da calçada;
caminha ao lado dela, gris, cansada,
a sombra de quem fui... Ó, que visagem!
Nas cinzas do passado, mergulhada,
espio, de mim mesma, tal miragem.
Imagem sem fulgor, sem pulcritude,
que deixa dentro em mim tanta agonia,
e que dos tempos idos desentranho.
Imagem da tristeza e solitude,
a sombra que se esvai, silente e fria,
um simulacro só, de mim, antanho.
Brasília, 1° de Fevereiro de 2011.
Seivas d'alma, pág. 63
No véu do tempo vejo a minha imagem,
esvanecida, triste, amortalhada,
envolta pela mádida folhagem,
pisando verdes musgos da calçada;
caminha ao lado dela, gris, cansada,
a sombra de quem fui... Ó, que visagem!
Nas cinzas do passado, mergulhada,
espio, de mim mesma, tal miragem.
Imagem sem fulgor, sem pulcritude,
que deixa dentro em mim tanta agonia,
e que dos tempos idos desentranho.
Imagem da tristeza e solitude,
a sombra que se esvai, silente e fria,
um simulacro só, de mim, antanho.
Brasília, 1° de Fevereiro de 2011.
Seivas d'alma, pág. 63