HOMENAGEM A DOM PEDRO II
Não maldigo o rigor da iníqua sorte,
Por mais atroz que fosse e sem piedade,
Arrancando-me o trono e a majestade,
Quando a dous passos só estou da morte.
(Dom Pedro II)
HOMENAGEM A DOM PEDRO II
(Mario Roberto Guimarães)
E bem fazes, sem proferir maledicência
Ao que te destinou a sorte por final,
Posto não ser ela a paga por nenhum mal,
Mas um natural resultado da existência...
É tanto assim, que ela atribui a cada qual
O que lhe cabe, sem que causa e consequência
Se estabeleçam... não se trata de ciência,
São só desígnios de um plano divinal...
Tens, entretanto, o respaldo da razão
Quando te voltas contra o mal da boca ingrata,
Dantes amiga e ora pérfida agressora...
Mas é assim... a mesma boca que te adora,
Do que as dores do teu corpo mais te mata,
Quando te falta à simples consideração.
Obrigado, Lia, pela linda interação.
E assim a vida segue,
podemos ver na história,
quem um dia já foi rei,
hoje é apenas memória...
(Lia Markes)