NOSSO DESEJO
A força da paixão que queima em nós
É tal, a ponto de jamais haver
O que a faça, um dia, arrefecer,
Nem mesmo cada amanhecer, após
As longas horas de incomum prazer,
Testemunhadas por nossos lençõis,
Posto que estarmos, toda noite, a sós,
É quanto basta, a sempre se acender
A chama ardente do nosso desejo
E ouvir-se a voz da vontade que clama
Por mais um pouco deste intenso ardor
E eis que reflosrece o nosso amor
E o fogo da volúpia nos inflama,
Pela doce loucura do teu beijo.
Obrigado, Ivone, pela preciosa interação.
Diante do queimor do desejo
Nossas células ruflam
Tais quais borboletas
Travestem-se de andantes anjos
E amor nos visita
Em sua carnal reciprocidade
Ainda que só beije
Nos cálices de nossos flamejantes lábios.
(Ivone Maria R Garcia)