NOSSO DESEJO

A força da paixão que queima em nós

É tal, a ponto de jamais haver

O que a faça, um dia, arrefecer,

Nem mesmo cada amanhecer, após

As longas horas de incomum prazer,

Testemunhadas por nossos lençõis,

Posto que estarmos, toda noite, a sós,

É quanto basta, a sempre se acender

A chama ardente do nosso desejo

E ouvir-se a voz da vontade que clama

Por mais um pouco deste intenso ardor

E eis que reflosrece o nosso amor

E o fogo da volúpia nos inflama,

Pela doce loucura do teu beijo.

Obrigado, Ivone, pela preciosa interação.

Diante do queimor do desejo

Nossas células ruflam

Tais quais borboletas

Travestem-se de andantes anjos

E amor nos visita

Em sua carnal reciprocidade

Ainda que só beije

Nos cálices de nossos flamejantes lábios.

(Ivone Maria R Garcia)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 29/12/2010
Reeditado em 29/12/2010
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