Sentido da Vida
Corte minhas asas
Deixe-as sangrar!
Sobre o assoalho corroído
Pelo rubor tingido.
Escarlates gotas
Mancham o tênue ar!
De meu coração ferido
Elas vagam ao paraíso perdido!
Os anjos elas beijam,
Imploram pelo vão consolo!
Sem dolo elas vagam
De meu peito se desgarram
Atam com o divino um amor tolo
Intumescido de cerúlea canção,
Rubor cálido e comoção!
A dor do corte não mais existe
Tua bela face não mais persiste
Em minha mente a habitar!
Um belo e breve sonho foste!
Mas com teus toques, me lembraste
Que vivo ainda estou a vagar
A um novo nascer rumando...
Para mais uma vez perecer nas cinzas
Da dor e da ilusão que renascerão...
E morrerão, como um ciclo a ser vivido!
Quem vive está fadado a glórias
E derrotas, a ilusão e a paixão...
Não cabe a nós questionar, apenas vagar!
João Paulo 7/11/05 17:34