ESPERANÇA

Morro, mas morrerei contigo,

Sonho, quimera, minha utopia...

Louco na cética desarmonia

Dos meus dias, o teu castigo.

Morro e nasço todo dia,

Como o sol sobre meu abrigo,

Nas telhas do casebre antigo.

Eu sou atreva que ontem luzia.

Sou o ideal que não realiza,

Sou prece vinte e quatro horas,

Sou o que espreita nova expéctativa.

Enquanto vivo, sou o que morre...

O que não cessa sou, vinte e quatro horas,

No ser, coisa fugídia que em mim morre.

Paulo Marks
Enviado por Paulo Marks em 25/11/2010
Código do texto: T2636657