PROUSTITUTO
o que estás esperando dum poeta,
dum poeta gentio e indescristão?
que vos ame que vos odeie?
que rogue o vosso perdão?
ando tão fatigado da vida,
para que viste aqui musa vestuta,
ver-me assim tão maldizente,
ver-me assim tão indescrente...
não tenho mais o borbulhar do gênio.
não escrevo mais poemas varonil.
nao sou mais o poeta de alma gentil.
ando tão fatigado de tudo,
para que viste aqui musa vestuta,
ver-me assim tão proustituto...
Joelson Gomes da Silva