PROUSTITUTO

o que estás esperando dum poeta,

dum poeta gentio e indescristão?

que vos ame que vos odeie?

que rogue o vosso perdão?

ando tão fatigado da vida,

para que viste aqui musa vestuta,

ver-me assim tão maldizente,

ver-me assim tão indescrente...

não tenho mais o borbulhar do gênio.

não escrevo mais poemas varonil.

nao sou mais o poeta de alma gentil.

ando tão fatigado de tudo,

para que viste aqui musa vestuta,

ver-me assim tão proustituto...

Joelson Gomes da Silva

Joelson Gomes da Silva
Enviado por Joelson Gomes da Silva em 25/11/2010
Reeditado em 29/05/2011
Código do texto: T2635835