Dúvida
 
Se a dor que agora sangra no meu peito,
Um dia se estancasse sem sangria,
Seria doce alívio, uma alegria,
Pois paz teria dentro do meu peito...
 
Maltrata-me pensar que aquele dia
O mundo para mim ficou estreito,
Quanto tão só fiquei ali no leito,
Olhando sua sombra que partia...
 
A dor que me tortura é tão densa,
É grande, é profunda, é extensa,
Impede-me de ver a própria vida!
 
E quanto mais me fere mais se adensa,
Deixando-me sem chão, triste, aturdida...
Será que a vencerei?...Serei vencida?

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/10/2010
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