Sonhos & Desejos
Edir Pina de Barros
Não quero que enodoes minhas águas claras,
nem esse teu veneno, que meu leito invade,
estou demais cansada dessa falsidade,
do frio e incerto amor que sempre me declaras.
Eu conterei, bem dentro, os lodos da saudade,
mas quero em minhas praias pacas, capivaras,
e sobre o manto d’água rápidas igaras,
na tarde que declina com tranquilidade.
Quero beijar vitórias-régias majestosas,
as belas flores que, enfeitando as minhas beiras,
exalam mil olores perfumando os ares.
Não quero as tuas águas turvas, perigosas,
nem teus murmúrios de palavras vãs, grosseiras:
quero a alegria de peixinhos, aos milhares.
Brasília, 9 de Outubro de 2010.
Poesia das Águas, pg. 107
Edir Pina de Barros
Não quero que enodoes minhas águas claras,
nem esse teu veneno, que meu leito invade,
estou demais cansada dessa falsidade,
do frio e incerto amor que sempre me declaras.
Eu conterei, bem dentro, os lodos da saudade,
mas quero em minhas praias pacas, capivaras,
e sobre o manto d’água rápidas igaras,
na tarde que declina com tranquilidade.
Quero beijar vitórias-régias majestosas,
as belas flores que, enfeitando as minhas beiras,
exalam mil olores perfumando os ares.
Não quero as tuas águas turvas, perigosas,
nem teus murmúrios de palavras vãs, grosseiras:
quero a alegria de peixinhos, aos milhares.
Brasília, 9 de Outubro de 2010.
Poesia das Águas, pg. 107