Poema sobre o nome

I

Talho exato sobre o nome na pedra

De concreto apenas o pensamento

Que, desperto, é corpo ausente momento

Em que todo ato se torna osso, e quebra!

Talho exato sobre o nome na pedra

Meu segundo nome, alto, rabugento

Sem me ater aos efeitos do lamento

Em que cada sussurro gela, medra...

Na noite turva, e vaga, o nome encerra

Sangue pálido, escarro da miséria

Deixa apenas o bruto frio, que empedra.

No fundo do que vive, é o nome que erra

Nem teme o tempo todo espera, pária!,

Pela minha mão e no verso, que o dobra...