MEU SABIÁ
MEU SABIÁ
Adeus, meu sabiá, sei que a saudade
em outras terras não será pequena,
da tua voz tão linda, tão amena,
mostrada assim, em plena liberdade.
Quando do sol, surgia a claridade,
todos os dias era a mesma cena:
da goiabeira, mestre, uma serena
canção se ouvia com felicidade.
E mariscavas todo santo dia
na horta, no jardim, em todo canto.
No porte esbelto, saltitante, havia
a graciosidade, aquele encanto,
a mão da natureza, a poesia,
a criação perfeita de um Deus santo.