...Pérfido ser
 
 
Quem é esse homem que diz amar-me tanto
Fiz-me tão linda e por todo lugar o busquei
Mas, sofrida, à lama vulgar o misturei
E por ferir-me demais, derramei meu pranto.
 
De onde vem esse homem que tanto eu desejei?
Difere de todos – causou-me ledo espanto
Mas por ultrajar-me, maculou sonho e encanto
E magoada, vi que o profano almejei.
 
Seria, acaso, de falsos desejos ardentes
Que em delírios loucos da libido eu queria?
Nauseei-me dos meus sabores mais frementes!
 
Com desdém destronou do nicho a poesia
– a imagem viva que dá este grito estridente –
Desta que odeia e não suporta a hipocrisia.



Liliane Prado


















 Obrigada poetisa SARA GONÇALVES por interagir comigo trazendo o brilho dos teus versos em 26/10/10, 17:45.



Sempre te encontro e me perco
Dentro deste soneto
Vou beijando a canção

Ah! meu bem
Quem dera um trem
Que finda em você

Que pudesse achar e perder
Nesse mesmo ascender
Da primeira paixão

Ah! meu bem
Quem me dera alguém
Feito eu, espelhando você

Que pudesse amar sem fim
A melodia de Jobim
Cantando ao coração

Ah! meu bem
Quem me dera quem
Fosse eu, ou fosse você

Em outras eras
Fomos paz e guerra
Hoje quem dera fosse paixão.

Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 01/08/2010
Reeditado em 18/10/2011
Código do texto: T2412609
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