CONDESTÁVEL DE DEUS.
Parar. Pensar na simples existência.
O tempo em sua marcha permanente
De ser, viver indefinidamente,
Põe calos, já não dói, faz-se anuência.
Deixa ir, que me importa, a diligência,
No sentido do nada e agora simplesmente?
Ignoto o amanhã, ou frio ou quente,
O tempo role à mor conveniência.
Dou-me por satisfeito do que fui,
Nada mais que fizer já não influi,
Nem muda de meus feitos bem e mal.
Força e poder de eterno, e eis, imutável,
Gerado para ser é o condestável
De Deus o tempo. Têmpera e sal...
Em 16-05-010.