NO SUAVE AGONIZAR DE CADA DIA...

No suave agonizar de cada dia,

ténue prenúncio de cada outra noite,

se vai esvaindo minha falsa alegria

e sofro da angústia o duro açoite...

Não sinto nem uma esperança fugidia

de que algo se atreva... algo se afoite

a conseguir das trevas uma alforria,

p’ra evitar que a mágoa em mim pernoite!

Em cada noite de céu incógnito, cerrado,

mas promessa dum novo dia por nascer,

receio que o meu coração, encerrado,

desperte disposto e pronto p’ra renascer,

sem temer se esse é um caminho errado

e, resoluto, siga em frente sem esmorecer...

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HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 31/08/2006
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