Soneto para Flavinha
Soneto para Flavinha
Jorge Linhaça
Ao romper do dia, lá vai a Flavinha,
Tal e qual São Francisco feminino
Semear no quintal, sempre sorrindo
O alimento para as avezinhas
Ternos conselhos profere a mainha
À quem precisa,adulto ou menino
A sua missão na terra cumprindo
Pobres ou ricos no seu colo aninha
Faz seu trabalho, reúne amigos
Leva alento ao povo sofrido
Abranda a fome, afasta perigos
Com seu jeitinho que nada alardeia
Essa é Flavinha, um anjo querido
Que conheci no caminho d'areia.