TELA
Era um quadro artístico mavioso:
Ecoava no sonho a canção d’anjos,
Sons de violinos, violões, banjos...
Sim, o mais divino sonho amoroso!
A visão, tal um espelho mimoso,
Cristalino lago cheio de arcanjos,
_ Cena d’idílio_ envolto de arranjos,
Um entre todos era o mais formoso.
Ser ao qual me refiro e loas teço,
Sorriso d’um deus, (ai!) eu não mereço _
Em seus olhos brilhava a luz solar.
Tomou-me pela mão _ oh, que juízo!
Pelos prados sem fim do Paraíso,
Abraçados, amor me fez jurar.