SONETO " UN PASSANT"
Surge mais uma manhã no silêncio da alvorada...
Um arco- íris se insinua entre nuvens "un passant"!
Já se foi a névoa fina que desceu da madrugada,
Bem- te -vi, de galho em galho, pulou para a imensidão.
Coração bate tranquilo, entre as folhas amarelas...
Desprendidas dum outono que atapeta um novo chão!
"Un Passant" no seu compasso, segue a vida noutra era
Como se a cada tempo nos estendesse a outra mão.
No horizonte a esperança já pincela novas cores...
A mesclar as rubras nuvens ao seu branco azul anil,
Passarinhos em revoadas batem as asas, qual os amores!
Que "un passant" lançaram flores ao mesmo chão que já floriu.
Partem para a invernada...entre nuvens apressadas!
Antes que aceleradas sejam a chuva...que (un passant!), caiu.