soneto de julho
o tempo e a noite
atravessam a rua comigo
os filmes por assistir
a poesia dentro dos olhos
certamente faz frio
e os velhos temas me cegam
sentir o que há depois da morte
conhecer o sentido da vida
o edifício iluminado
recebe meus passos furtivos
medo e anonimato
e assim sozinho em casa
me refugio nos resíduos de afeto
as roupas o perfume e o retrato