OVERDOSE
Do teu amor eu me sinto dependente,
Como um ébrio alucinado por bebida
É nele, que embriago a minha vida,
Num vício de prazer inconseqüente.
Só teus braços me acalmam docemente.
E, distante, minha alma combalida,
Mergulha num abismo entristecida,
Como um pobre e inútil abstinente...
E assim sou desse vício um contumaz;
Sem teu amor eu perco até minha paz,
Sem sentir mais lucidez... Só psicose.
Quero apenas desse amor me entorpecer
E, se dele me for preciso morrer,
Que seja de uma boa overdose...