O SONHADOR
Quando eu ainda era um menino,
Vivia a sonhar mesmo acordado;
Acharam que eu fosse alienado
E temeram pelo meu pobre destino.
Confundido com um louco e tão franzino,
Valendo menos que um tostão furado,
Eu tinha as feições de um abobado,
Mas tive um crescimento paulatino...
Tornei-me homem, conforme a minha meta,
Hoje os sonhos já não são mais relevantes,
Porém, a minha atividade predileta;
E sou o mesmo daqueles tempos distantes,
Pois o menino hoje se tornou poeta
E ainda sonha mais do que sonhava antes.