AS VEZES, ESTOU SEM ESTAR...

Olho, mas o que olho, raramente vejo.

Oiço, mas o que oiço, escuto raramente.

Vez há em que só vejo… naturalmente.

É quando Sou e Estou e oiço meu desejo.

Às vezes, estou sem estar. Não há ensejo.

É esse o meu modo de estar, normalmente.

Estar não estando, p’ra fugir de repente

de situações propícias a um fortuito beijo!

Para tudo há um tempo certo, adequado.

Pr’a sofrer, pr’a sorrir e até pr’a se amar…

Tempo pr’a sentir e beijar o ente amado!

E esse tempo nunca se deve derramar,

muito menos se foi por demais esperado!

A vida é infiel, pode nosso amor desarmar…

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 15/08/2006
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