AS VEZES, ESTOU SEM ESTAR...
Olho, mas o que olho, raramente vejo.
Oiço, mas o que oiço, escuto raramente.
Vez há em que só vejo… naturalmente.
É quando Sou e Estou e oiço meu desejo.
Às vezes, estou sem estar. Não há ensejo.
É esse o meu modo de estar, normalmente.
Estar não estando, p’ra fugir de repente
de situações propícias a um fortuito beijo!
Para tudo há um tempo certo, adequado.
Pr’a sofrer, pr’a sorrir e até pr’a se amar…
Tempo pr’a sentir e beijar o ente amado!
E esse tempo nunca se deve derramar,
muito menos se foi por demais esperado!
A vida é infiel, pode nosso amor desarmar…