AMOR DE MENTIRA

Os beijos que trocamos foram tantos,

Tantas vezes nossos corpos se fartaram

De prazer, de volúpia e de encantos,

Nas delícias que quase nos sufocaram.

Os juramentos que fizemos foram quantos?

Quantas vezes nossos lábios se calaram

E os olhos, embriagados de prantos,

Na saudade e na dor quase secaram?

E agora, com meu coração sombrio,

Ao procurar-te, só encontro o vazio,

Da ausência, que até minha alma suspira...

Na garganta, essa pergunta entalada:

Como pode tanto amor não dar em nada?

Como posso acreditar que foi mentira?

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 23/03/2010
Código do texto: T2154399
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