Soneto da madrugada II
Baila teu corpo suave no meu
E me balbucia a canção de ninar
Que eu já esperava pelo encontro teu
Nesta noite de completo luar
Rasga meu sono sem piedade
E com fúria invade meu cais
E num brado espalha pela cidade:
– A lira de Orfeo não se cala mais!
Pois veio com força e alegria
A poesia
Que estou a cantar
Pois veio com glória e energia
A melodia
Que estou a tocar