SONETO DE UM DEMENTE

Já te fiz versos com tanta emoção,

A declarar-te amor incontinente;

Eu já rasguei meu pobre coração,

Na saudade do teu amor ausente;

Eu já fiz planos tão inutilmente,

Para resolver o dor da solidão;

Não há nada que a vida me acrescente,

Que me faça esquecer essa paixão...

E, se mesmo na distância tão dolente,

O meu amor por ti tem aumentado,

É certo que te amo loucamente...

Não é só uma paixão de efervescência;

É mesmo um amor desesperado,

Que não é só amor... Já é demência.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 20/01/2010
Código do texto: T2040550
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