Refúgio Celestial
Galopo célere no ígneo e alado corcel
Pelos elípticos caminhos do orbe lunar.
Almejo descobrir um lar
Distante desse marasmo causado pelo fel.
No espaço intermediário entre o céu
E as crateras do fundo do mar,
Há uma astral fenda onde o ar
Acumula um vapor de sonhos ao léu!
É na gruta azulada de brilho tépido
Para onde irei, resignado e intrépido,
Fugir feito um astro a fulgurar reluzente.
Na terra, minha matéria tornar-se-á ausente...
E, liberto da corruptível veste epitelial,
Encontrar-me-ei no refúgio celestial!
14/01/2010