Refúgio Celestial

Galopo célere no ígneo e alado corcel

Pelos elípticos caminhos do orbe lunar.

Almejo descobrir um lar

Distante desse marasmo causado pelo fel.

No espaço intermediário entre o céu

E as crateras do fundo do mar,

Há uma astral fenda onde o ar

Acumula um vapor de sonhos ao léu!

É na gruta azulada de brilho tépido

Para onde irei, resignado e intrépido,

Fugir feito um astro a fulgurar reluzente.

Na terra, minha matéria tornar-se-á ausente...

E, liberto da corruptível veste epitelial,

Encontrar-me-ei no refúgio celestial!

14/01/2010

Marcell Diniz
Enviado por Marcell Diniz em 14/01/2010
Código do texto: T2029171
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