Sem Existir

Desato os nós que me fizeram de refém,

Das eternas noites ao seu lado.

Momentos de idolatria e desdém,

Sensações de um sentimento inusitado.

Curo as feridas desse amor profano,

Sofro com o andar lento dos segundos.

Invento inverdades, mas não me engano,

Mergulho na lama desse submundo.

Uso o desapego para te esquecer,

Moro sozinho num quarto escuro,

Subo no seu muro para perceber,

Que o nosso amor não tem futuro.

Passo algumas noites sem existir,

Sem viver, sem sonhar, nem dormir.

Daniel M Moreira
Enviado por Daniel M Moreira em 04/01/2010
Código do texto: T2011158