Sem Existir
Desato os nós que me fizeram de refém,
Das eternas noites ao seu lado.
Momentos de idolatria e desdém,
Sensações de um sentimento inusitado.
Curo as feridas desse amor profano,
Sofro com o andar lento dos segundos.
Invento inverdades, mas não me engano,
Mergulho na lama desse submundo.
Uso o desapego para te esquecer,
Moro sozinho num quarto escuro,
Subo no seu muro para perceber,
Que o nosso amor não tem futuro.
Passo algumas noites sem existir,
Sem viver, sem sonhar, nem dormir.