Presente do vento. ..
A aragem trouxe-me de terra distante
um bulímico amor, de lábio sedento.
Aleitei-o com versos, recitando contente
orexia foi tanta que o nutri, dei presente!
Despi suas sedas de avessos, clemente!
Trazia-se amargura, foi doçura o intento,
embrenhou no tresvario amando-me crente
cultivo platônico, se colhido no real,é intenso!
Fruto ansiado sopitando amor em canções
valsadas nas noites, de roçados ardentes.
Fez-se infante sugando as pomas emoções.
Delirando ridos dias, dançaram os coerentes
ritmados arpejos, ouvindo cicios dos corações
que contaram as luas, e os ocasos decorrentes.
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
23/7/2006