Filhos d'África
Criaturas nobres da mãe África,
Jogados nos imundos porões,
Dos tumbeiros para a América,
Como seres sem corações...
Nos desumanos e fétidos porões,
Viviam com a cor da dor e horror,
Nas promessas de outras civilizações,
reconhecidos apenas pelo racismo da cor...
Uns agonizantes na triste travessia,
Ainda vivos eram lançados ao mar,
Muitos se iam na diabólica fantasia...
Ao chegarem na terra santa e prometida,
Sob a égide marcada pela cruz e espada,
Produziam para a aristocracia abastada...
SAA, 18/06/2006.
Everaldo Cerqueira