Revisitado II
Não eram para mim essas flores mortas
Não eram - apenas o dia as merece
Finalmente, me tenha aqui, na prece
Por qualquer lágrima doída de rosas;
O céu azul aguarda com suas portas
Não eram - apenas a alma se percebe
E, no entanto, se tu ainda soubesses
Visitaria-me no âmbito dessas rotas;
Amargo, doce veneno de minha morte
Ácido que corrói as dores de sorte
Enquanto me corro de qualquer medo;
Queimo, subo aos céus de vertigens
E deixo-me alma a ver as paisagens
Solitário, rondando qualquer desejo.