Viagem
Enquanto viajo em meu tempo-espaço,
Percorro meus mares sem ancoragens,
Levo comigo todas as minhas imagens,
Aprisionadas em mim, e a tudo que faço.
Busco acalmar os meus nervos do cansaço,
Velejando minha alma pelas voragens...
Sei que nos caminhos terei nas paragens,
Que juntar de mim, pedaço por pedaço.
Olhando distante vejo apenas a miragem,
Mas pressinto que tenho ainda coragem,
para navegar, até meu derradeiro cais.
Por isso sigo em minha triste viagem...
Com velas içadas no sabor da aragem,
Na espera que cessem meus últimos ais.
Obs. Soneto Premiado no 1º Concurso Literário da Planície Costeira
em São José do Norte - RS