Miguel

Como Deus, neste mundo, não existe

Generoso, sem falhas, cumpridor

E por isso o fim de Miguel foi triste

Por achar-se perfeito, puro amor

A vaidade que ainda hoje insiste

Em fazer do mais puro, pecador

Agarrou o seu ego, pôs em riste,

Transformou em abutre o beija-flor

Pobre Miguel, está arrependido

De uma única ação tão desastrosa

Que borrou suas glórias do passado

Pensou em ser gentil com aquela rosa

Quando tudo se fez mais complicado

Obrigando o bom moço a ter mentido.

Tarcísio Mota
Enviado por Tarcísio Mota em 07/10/2009
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