RECANTO DOS PASSARINHOS.
Quisera eu ser um ligeiro passarinho,
Para cortar os ares, em alegre festa;
Se, nas praças sentisse-me sozinho,
Daria, num vôo, um pulo na floresta.
De galho em galho, nas verdes folhas,
Entre tantos... Jamais estaria sozinho;
Mas, aqui estou a escrever na folha...
Ah! Quisera eu... Ser um passarinho.
Mas, eu percebo que não estou sozinho,
Deus fez de alguns seres, passarinhos,
E, assim sendo... Voamos neste recanto;
Alçamos vôo, e lá nas alturas planamos,
Em versos, paixões e amores cantamos,
E, não raras vezes, versos molhados em pranto.