Flor bela
Flor bela diz ser dos versos
As imagens que furta o olhar
E mesmo por tantos universos
Ainda vaga os olhos que há;
E não serão olhos-concretos
De inúmeros modos de enxergar
Olhos de abismos tão incertos
Em que poeta se preza a saltar;
Olhos de flor bela, olhos a mirar
O vácuo do coração de invernos
Entre vastos olhos vis e eternos;
Olhos de bela, flor que não está
Longe deste beijo quente e terno
Mas do poeta, flor bela está perto.