MERECIMENTO AOS DEUSES
Não é que o céu me olhou do azul alto e infinito,
numa benevolência astral de iluminuras,
assim como se olhasse um seu, o favorito
da benesse estelar, das bênçãos, as mais puras?
Curvei-me reverente, humílimo, contrito,
de tanto agradecido ao céu, que das alturas,
desceu a abençoar-me, a mim, pobre e proscrito,
sem expressão qualquer, sem vôos ou singraduras.
Orando perguntei-me e perguntei ao mundo,
que de merecimento eu tive em toda a vida
para tamanho amor do infinito oriundo...
Nem menos e nem mais, ouvi - que ser poeta,
sonhar estrelas, luz... Curvar-se à preferida
dos deuses do infinito - a mulher, meu profeta...
17.08.07