POR QUANTO TEMPO AINDA

Por quanto tempo ainda, o uísque à minha frente,

eu brincando de ser e ir, de ir mais longe.

Eu, nesta solidão sem fim, de asceta e monge,

movendo no teclado os dedos, firmemente!

Só a ignota resposta a que ilusão distingue

na caminhada. A força e a vontade fremente.

O persistir na luta, em sonho permanente,

sendo eu mesmo por mim, a brigar com quem brigue...

Nada importa o visinho, a sua opinião,

sobre o que sou e faço ou sobre minha ação.

Se fala que sou bom ou mau, não me embaraço.

Importa-me quem sou. Eu próprio e independente,

na ida sem temor, seguro, para frente,

a vida trabalhando ao modo como faço.

Em 26-02.07