VÍTIMA DE ASSÉDIO
Abri a porta, em silêncio, olhei a rua
Nas silhuetas deformadas, sem nuance
Por entre sombras, vi seu corpo de relance,
Caminhar lento, passos firmes, continua
Não adianta implorar, se não recua,
Tentar segui-la, está fora de alcance
Partiu pra sempre, sem me dar nenhuma chance
De impedir que o nosso caso se destrua
Como explicar que essa melhor amiga sua
Fez-me assédio, à espera que eu avance,
Em minha casa, de repente, ficou nua
Beijou-me a boca, pela surpresa do lance,
Fiquei perdido como uma noite sem lua
Você chegou, deu-se o fim desse romance