A Rosa
Ó Cravo, Por que tu magoaste a rosa
Que te declara amor pra eternidade?
Porque cometeste esta atrocidade
Ela tem andado triste e chorosa.
Não a viram mais numa roda de prosa,
Porque triste trancou-se em sua saudade.
Tu, cravo, cheio de orgulho e cruel vaidade,
Nem te tocas o quanto ela é formosa.
Como tu encontrarás felicidade
Amando a muitas flores do jardim?
A que te ama, tu tratas com crueldade.
Se continuares como louco assim,
Desprezando a que te ama de verdade,
Breve tu a perderás para o jasmim.