Sobre Luares, Amores e Flores
A Lua não tem mais o seu fulgor
Mas sou tão tolo, não perco o sonhar
Quem sabe a escuridão faça enxergar
O brilho tão sutil, próprio do amor.
Quem me dera uma rosa sem olor,
Sem beleza, fizesse admirar
Bom seria um amar só por amar
Sem intenções, sem nada a contrapor.
Que possa um poeta - dos amores -
Além de dizer: não é tão em vão
Dar-se todo de forma inconseqüente
Ter em mente uma única razão:
Os amores retratam fielmente
A beleza e espinhos dessas flores.