LÁGRIMAS DA NATUREZA - (Dedicado ao amigo e poeta JACÓ FILHO)
Sábia a natureza caro Jacó,
com seus milagres e de cores tantas.
Seja chuva ou no sol que nos encanta,
ou na doce sinfonia do curió.
Esse nosso mundo cada vez mais só,
de tirania, guerra que se agiganta.
Terra morrendo, esse nó na garganta,
e quase nada mais nos causa dó.
Fúria e temporal, natureza aflita,
gritando suas incontroláveis dores,
como pedindo ao homem que reflita.
A vida, que nos parecia infinita,
aos poucos vai perdendo aquelas cores.
Nenhum curió, só uma sombra maldita.
Ao amigo Jacó pelo magnífico soneto "MENSAGENS" postado em sua página, cujo link transcrevo para vocês:
http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=1758236
E agora a "tréplica" do talentoso poeta:
ALMA SOLIDÁRIA
As lágrimas da natureza banham almas,
Que solidárias na morte, choram juntas...
Que futuro tem a vida, são as perguntas,
Que fazem os poetas, perdendo a calma...
Aflito em suas raízes, diante do descaso,
O planeta responde com ventos e chuvas...
Mas as tempestades não afogam as luvas,
Das mãos que sufocam com força de aço...
O morticínio incorpora as faunas e floras...
A médio prazo, também seus predadores...
As lágrimas dos poetas adubam as flores,
Que aos poucos, a morte, as leva embora...
Parece não haver punição para os autores,
E a natureza inquieta chora seus horrores...
O meu sincero agradecimento ao amigo JACÓ.