O FOGO DO AMOR SILENTE
Quem do próprio segredo é confidente
Sufocando o desejo de quem ama
Não divide um lugar na sua cama
Como preço da culpa do silente
Deixe fluir a voz do inconsciente
Não medite pra não forjar um drama
No apelo do amor, quando lhe chama,
Ignore a razão, sendo imprudente
Seja, enfim, seu eterno conivente
Libertando de vez toda essa flama
Que virá esse amor concuspicente
No delírio da troca que proclama
A ternura imoral, quase indecente,
Pelo fogo do amor que o peito clama