O FOGO DO AMOR SILENTE

Quem do próprio segredo é confidente

Sufocando o desejo de quem ama

Não divide um lugar na sua cama

Como preço da culpa do silente

Deixe fluir a voz do inconsciente

Não medite pra não forjar um drama

No apelo do amor, quando lhe chama,

Ignore a razão, sendo imprudente

Seja, enfim, seu eterno conivente

Libertando de vez toda essa flama

Que virá esse amor concuspicente

No delírio da troca que proclama

A ternura imoral, quase indecente,

Pelo fogo do amor que o peito clama

Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 11/08/2009
Reeditado em 11/08/2009
Código do texto: T1747601