AMOR PRISIONEIRO
Banco dos réus do tribunal do amor
Eu, condenado, marginal pela paixão
Acorrentado nos laços da emoção
No calabouço do seu corpo sedutor
Preso às algemas do abraço constritor,
Vou à masmorra onde habita a sedução
Provo do gosto do prazer, sofreguidão
Fera acuada à mercê do predador
Não busco a fuga do soldado desertor
Mas liberdade de viver nessa prisão
Subjugado pelo rolo compressor
Da chama ardente de tão doce escravidão
Coadjuvante do desejo coator
Prisioneiro do seu terno coração