AMOR PRISIONEIRO

Banco dos réus do tribunal do amor

Eu, condenado, marginal pela paixão

Acorrentado nos laços da emoção

No calabouço do seu corpo sedutor

Preso às algemas do abraço constritor,

Vou à masmorra onde habita a sedução

Provo do gosto do prazer, sofreguidão

Fera acuada à mercê do predador

Não busco a fuga do soldado desertor

Mas liberdade de viver nessa prisão

Subjugado pelo rolo compressor

Da chama ardente de tão doce escravidão

Coadjuvante do desejo coator

Prisioneiro do seu terno coração

Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 10/08/2009
Reeditado em 12/08/2009
Código do texto: T1746611