CONSELHO E ÁGUA
Se, porventura, te pedirem um conselho,
Atenta em saber bem se tal querer procede,
Se de bom grado ouve o que dizes ou se adrede
Ele apenas busca em ti o seu espelho...
Pode a palavra ter poder que se não mede,
Mas nem em tudo há de meter-se o bedelho;
Muita vez ouvi de meu pai, meu sábio velho:
Conselho e água só se dá a quem nos pede...
Pois há quem queira ouvir o julgamento teu
Acerca d'algo que a ele diz respeito,
Como forma de eximir-se ao resultado
Que por acaso possa ser mau ou errado...
Assim, acautela-te com o tal sujeito,
Pois o íntimo, cada qual conhece o seu.
Obrigado, querida Zélia, por tão bela interação.
Caro poeta , você tem mesmo razão.
Não tem bom senso enveredar nesse caminho,
pois quase sempre quem está em desalinho,
lá bem no fundo já tomou a decisão...
Certo seu pai que com certeza já sabia,
da armadilha que prepara tal pedido...
Pois no conselho quase sempre concedido
mantem-se a tona, tão somente uma teoria,
pois o conselho, já dizia um ditado,
se fosse bom de graça ninguém mais daria
e guardaria com certeza o segredo...
Ao envolver-se sem querer em tal enredo
todo o cuidado é muito pouco e eu diria
que nesses casos o melhor é estar calado!
(Zélia Nicolodi)
Amigos, acaba de ser lançado, pela editora HP, o meu livro intitulado De Tudo Um Pouco, composto de sonetos, poemas, crônicas,cordéis, trovas, haicais e até um conto.
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Obrigado a todos,
Mario.