CONSELHO E ÁGUA

Se, porventura, te pedirem um conselho,

Atenta em saber bem se tal querer procede,

Se de bom grado ouve o que dizes ou se adrede

Ele apenas busca em ti o seu espelho...

Pode a palavra ter poder que se não mede,

Mas nem em tudo há de meter-se o bedelho;

Muita vez ouvi de meu pai, meu sábio velho:

Conselho e água só se dá a quem nos pede...

Pois há quem queira ouvir o julgamento teu

Acerca d'algo que a ele diz respeito,

Como forma de eximir-se ao resultado

Que por acaso possa ser mau ou errado...

Assim, acautela-te com o tal sujeito,

Pois o íntimo, cada qual conhece o seu.

Obrigado, querida Zélia, por tão bela interação.

Caro poeta , você tem mesmo razão.

Não tem bom senso enveredar nesse caminho,

pois quase sempre quem está em desalinho,

lá bem no fundo já tomou a decisão...

Certo seu pai que com certeza já sabia,

da armadilha que prepara tal pedido...

Pois no conselho quase sempre concedido

mantem-se a tona, tão somente uma teoria,

pois o conselho, já dizia um ditado,

se fosse bom de graça ninguém mais daria

e guardaria com certeza o segredo...

Ao envolver-se sem querer em tal enredo

todo o cuidado é muito pouco e eu diria

que nesses casos o melhor é estar calado!

(Zélia Nicolodi)

Amigos, acaba de ser lançado, pela editora HP, o meu livro intitulado De Tudo Um Pouco, composto de sonetos, poemas, crônicas,cordéis, trovas, haicais e até um conto.

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Obrigado a todos,

Mario.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 01/08/2009
Reeditado em 01/08/2009
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