AMANHÃ, QUEM SABE

Num amanhã, quem sabe, não mais eu recuse

este convite ao sonho que me chama agora

e pode ser até que eu use e me lambuze

no mel do teu amor onde o querer aflora.

Quem sabe as dores fujam por aquela fresta

e o teu sorriso amigo vença esta descrença.

Quem sabe ainda exista um tempo nesta festa

e eu deixe que o amor de novo me convença.

E neste tempo louco, um toque de carinho

envolve de desejo as palhas do meu ninho

cobrindo de dourado o véu do meu luar.

Quem sabe o amanhã de um hoje se revista,

quem sabe o meu amor resolva e agora insista

um bocadinho a mais... E venha prá ficar...

* * * * *

"A poesia nasce na alma de quem a concebe

e debuta nos sentimentos que desabrocham

no peito de quem a abraça". C.Canton

Cleide Canton
Enviado por Cleide Canton em 30/07/2009
Código do texto: T1727240