UM RABISCO QUALQUER
“Não sou um poeta.
Sou um verso do universo
Que não se completa!”
Arão Filho
Sou verso branco e busco um bem bastante,
Degusto em grande gosto – em gozo e gula –,
A rica rima rara – com firula –,
Instando-me – num ímpeto –, d’instante...
Procuro o ponto – e a ponta – que me espante,
Na lida cada letra – a mim – pulula...
Nadando em mar de anelo não me anula,
A ânsia, e o amor na alma adiante...
Em vão até me acho – e fico ancho –,
Co’ a pena, o papel com tinta mancho;
Um rabisco qualquer – pensando em verso.
E vejo, então: “Não é fácil ser poeta!”
Pois meu rabisco nunca se completa,
Sou pólen de poeta ao universo...
22/07/09
http://sitedepoesias.com.br/imagens/poemas/30483.jpg
“Não sou um poeta.
Sou um verso do universo
Que não se completa!”
Arão Filho
Sou verso branco e busco um bem bastante,
Degusto em grande gosto – em gozo e gula –,
A rica rima rara – com firula –,
Instando-me – num ímpeto –, d’instante...
Procuro o ponto – e a ponta – que me espante,
Na lida cada letra – a mim – pulula...
Nadando em mar de anelo não me anula,
A ânsia, e o amor na alma adiante...
Em vão até me acho – e fico ancho –,
Co’ a pena, o papel com tinta mancho;
Um rabisco qualquer – pensando em verso.
E vejo, então: “Não é fácil ser poeta!”
Pois meu rabisco nunca se completa,
Sou pólen de poeta ao universo...
22/07/09
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