TRANÇA
Na febre de um desejo rés da pele
Tormento em chama jamais apagada
A dança da serpente inebriada
É esplendor que peço que me vele
No ministrar da sensação causada
Vertigem da carne não há que zele
Por sentimento que o grito repele
E se poliniza de forma ondeada
Nos pecados que as paredes refletem
Sombras em liturgia confidente
Para aquecer a cor de todo o ambiente
A quente orgia, uma luxúria ardente
É música de corpos nus somente
Que se enlaçam, dançam e se derretem