PURO INTENTO
Tal silhueta pétrea e luminosa
Relampejava a pele necessária
Momento em que se brinda a gloriosa
Palavra segredada incendiária
Que a plena fome abraça indecorosa
Para deixar de lado e solitária
A alma que do corpo é curiosa
Carne que sente e crê-se inflacionária
Detalhes que aos sentires dão o rumo
Que unhas roçam as costas aos gemidos
E línguas pelas dobras vão ao sumo
Humanos sentimentos são rendidos
Que as chamas são essências, claro prumo
Dos prazeres a um mar dos mais crescidos