Soneto do Inexplicável
Quando tu te transformas na incógnita
Tu não ficas o puro logos, somente...
Tu és a doutrina que sigo na vida
O Delirium Tremes na límpida mente.
Indelével descrição dessa candura,
Diáfano registro na imensidão...
Do enlevo contido no teu coração
Detentor da inexorável brandura
Inexplicável por ser imprevisível
Na eterna mocidade do freqüente
Amor que possuo, sempre indizível...
E o mais suntuoso que eu possuí,
Ávido dessa quimera intangível,
É fruto dessa infinita efígie.