EXORCISMO
Quero exorcizá-lo, de mim.
As ranhuras são muito profundas,
Minhas forças já estão moribundas,
Nem consigo escutar o querubim.
Mas você finge que não entende.
Continua incólume seu percurso.
Foge como autista, nem ouve meu discurso.
Tento sua volta, pra torná-lo ciente.
Onde se esconde é difícil de encontrar.
Lá há néctares mortíferos,
Nem os deuses querem se aventurar.
Meus sentimentos estão definidos.
Não há possibilidade de recomeço.
Vá de vez. Não quero ouvir gemidos.