O mais triste do mundo

Meus olhos tristes, tão profundamente

Ainda choram, e cada vez mais fundo

A solidão abraça-me. Quem entende

Que sou, quem sabe, o mais triste do mundo?

Em uma dor, talvez, que aos olhos não se meça

A tristeza imensa no peito se avoluma

E de tal forma é dor que nunca cessa:

Qual meu sofrer, não há em parte alguma

Se essa sorte é mesmo o fim do meu caminho

Não sei... Mas na verdade, eu sigo sem vontade

Porque na solidão eu vivo, assim, mesquinho

E consternado choro (um culto de saudade)

Ao sepulcro do amor que me deixou sozinho

Esperando à vida tudo, menos a felicidade.